Quem foi?
Quem foi que me arrancou as lágrimas?
Quem me secou?
Quem se esqueceu de secar o coração?
Detenho o mar revolto, a transbordar
E não inunda.
Ondas desmedidas que batem na muralha
E recuam.
Tonturas e enclaves de barcos sob a tempestade
Sumidos no mar bravio
Gritos de alma que não saem
Que não se abeiram da terra
Vendaval nocturno uivante
Ira descomedida que engrandece
E não desaparece.
Quem foi?
Quem se esqueceu?
Quem não me secou o coração?
Onde pairam os sentimentos?
Senão no meio de um tufão!
Helena Isabel