Tatuei no
meu coração, o sofrimento
Pelo qual
estás a passar, neste momento.
Dizes para agradar
que está tudo bem
Que para a
frente é o caminho.
Mas mentes…
oh como mentes!
E pensas
que eu não vejo, que não noto.
Diz-me agora!
Não negues…
Como estás?
Como te
sentes?
Apeteceu-te
desistir muitas vezes, eu sei.
Essa
parede, quantos murros levou?
Perdeste a
conta, eu noto as marcas.
“Não
mereço”, quantas vezes disseste?
Mas… amiga,
ninguém o merece.
Oiço o
gritar do teu coração
Sufocado, colocado
num escafandro
Ansioso por
libertar todo veneno da raiva,
Todo o
ácido da revolta…
Mas tu?
Continuas a
sorrir e para não preocupar
Dizes: “
Está tudo bem.”
Grita,
chora, levita o coração,
A tua
essência, não a tornes em erosão.
E quando
menos se esperar…
Estaremos
sentadas à beira mar
A rir e a
lacrimejar deste presente
Que ao
futuro pertence.