sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Preces


Olhar de sossego…

Conta-me histórias,

Enriquece-me de sabedoria.

Comunico e murmuro preces,

Só eu e o meu silêncio.

A minha sombra,

Retrato do meu caracter.

Insanidade de querer a paz,

Fruto da minha solidão.

Silêncio? sinónimo do pão,

Que alimenta o meu coração.

São preces, amor!

São preces de destinos mal traçados.

São preces mal ouvidas, mal proferidas.

Quero permanecer na minha concha,

Esquecer que tudo existe.

Viver no meu mundo de ilusão

Esticar a mão ao espelho

Que me conduz neste tempo, em vão!
 
Helena Isabel

domingo, 18 de novembro de 2012

Bretagne


Hoje recordo de coração cerceado

Os tempos que lá vão

Com sabor de passado.

Naquela região…

Em que se fala bretão

Eu estudei e aprendi

Celsitude que vivi.

Fiquei amarrada àquela cultura

Faço daqueles tempos ternura

Em que modelo a candura

Que outrora lá senti.

De coração sepultado,

Trago ancorado em meu regaço

Todo esse passado que abraço.

Fui amante dos dias de estudante.

Fui viajante numa cultura incessante.

Das memórias que lá coabitei

Componho melodias

Que me ajudam a superar os dias.

De olhos inundados em tons de verdade

Escrevo em telas…Breizh da Viken

Risco em telas… realidades

Pincelo em telas…paisagens de saudade.



Helena Isabel in: " Mar que me escreve"