quarta-feira, 31 de março de 2010

Telas

( foto de uma tela a óleo de Helena Isabel)


Poemas sem palavras

Expressões sem sons,

Omissão de frases,

Transmitindo quereres.

Telas a tinta lavradas!

Mutilações vestidas de cores

Intemporais, banais…

Autógrafos escritos a pincel!

                                                       Helena Isabel

( foto de uma tela a óleo de Helena Isabel)










sábado, 27 de março de 2010

Escrito com beijos



Sou das noites despidas de sono
Do luar do mau feitio
Do doce da ternura
Sou do momento, da candura
Da intempérie, do furacão da idade
Do vulcão, do sismo do teu querer
Sim, sou como era!
Anos que me acalmaram,
Que me domesticaram?
À mesa sim. No olhar, não!
Bonita, eu? Não sabia.
Triste, melancólica?
São as saudades dos tempos que lá vão.
Perigosa, sensual?
Assim, não me fazia.
Mas gosto sim, de envolver-te em mim
Como se fosse num manto de carmim.
Como se fosse por um fio
Provoco-te, seduzo-te,
Sorrio…
Para ti, meu sonhado desejo
Dos tempos de menina
Poema escrito com beijos

                                             Helena Isabel

quinta-feira, 25 de março de 2010

Nascimento

( foto de uma tela a óleo de Helena Isabel)


Há sentimentos cujas palavras não descrevem

Não sei como surgem,

São acasalados pelas emoções!

Como as ondas que beijam a areia.

Como a noite que beija o dia.

Sentimentos de rosto perdido,

Lágrimas são espelhos de alma

De solidão acompanhada.

Necessito do teu azul, da tua água

Da tua calma.

Em troca, dou-te a minha fonte,

De águas cristalinas, a minha nascente.

Murmúrio da minha corrente,

Sou caudal percorrendo em direcção à tua foz.

Sou leito… sou parte das tuas águas, sou afluente!

Sou sentimento que não sei descrever

Sou ser em nascimento permanente!


                                                            Helena Isabel

Selo

 Obrigada Eduardo

SELO COMENTARISTA EXCELENTE  




 Oferecido por Eduardo Aleixo ( http://ealeixo.blogspot.com/)


          Este selo tem a finalidade de homenagear os comentaristas que além da assiduidade dos comentários e do esmero com que são feitos, provocam-nos a necessidade de reflectir, aprender e - sobretudo - instigam as almas e as mentes na procura de conhecimentos e sabedoria.




Com este espírito homenageio os seguintes blogs:








          Peço aos comentaristas agraciados que façam referência ao blog que os homenageou, escolham outros blogs que achem justo homenagear, com o respeito pelos critérios atrás indicados, copiem a imagem do selo, e mantenham a lógica do texto aqui apresentado.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Breizh da Viken



Breizh Da Viken

Chamo-me assim na alma

No desejo e nos recantos dos meus segredos.

Breizh Da Viken

Uma fada assim me baptizou

Malfadou-me pelo coração.

Breizh Da Viken

Conhecerás as pessoas nas épocas erradas...

Poderás somente... viver momentos

Que alimentarão a seiva que percorre teu corpo.

Luto! Desejo!

Acho que é errado. Não pode ser.

Um momento?

Breizh Da Viken

Aprenderás a suplicar por momentos,

Por desejos que jamais... ou não… se realizarão.

Ontem… um feiticeiro

Diz ser da Ribeira, visitou-me...

Chegou no profundo azul do mar dos seus olhos

Muito me quiseram contar.

Disse-me:

Afoga-te, nada e mergulha.

Luta!



Nota: Breizh da Viken – Expressão bretã que significa “ Bretã para toda a vida”.

IN: "Ler-te" de Helena Isabel

domingo, 21 de março de 2010

Dia da Poesia






Vidas




Vidas cruzadas

Reminiscência de sonhos

Sou filha da vida

Enteada do vento

Semente de gerações que se dispersam na corrente.

Corrente de marés que me trazem fé

Fé de ficar onde não quero constar

Por um céltico mago amar

Amar?

Amei e seduzi … em vidas passadas

Fui feita de flores

Deleitei feiticeiros, druidas e guerreiros.

Venci batalhas de amor e guerras de prazer

Plantei mares, semeei mistérios

Dominei rituais.

Chamei-me Blodewedd

Agora?

Sou furacão… Sou vulcão

Permaneço enfeitiçada por magias ancestrais

Navego no mundo da lua.

Bebo em cálices vazios de emoções

Inundo-me com sonhos plenos de ilusões.



Nota: Blodewedd – Nome de Deusa Celta das flores, do amor e da magia.
 
IN: " Ler-te" de Helena Isabel

sábado, 20 de março de 2010

Agapa me


 

Agapa me em teus braços

Envolve-me em teu manto idílico

Compõe-me na tua realidade

Deixa-me ser perene

Canta aos deuses a tua vontade.

Agapa me em teu leito

Enrola-me na tua pele

Esboça-me em…

Gota de perfume que adivinhas

Capa do teu livro de memórias

Roupa que vestes sem demoras.

Agapa me em ti

Abarca-me em tua vida

Acredita que quero sim…

Ser teu chá de jasmim.

Bebe-me numa manta de carmim

Num lugar onde o prazer não tem fim.




Nota: Agapa me – expressão grega que significa “ ama-me”
 
In: " Ler-te" de Helena Isabel

quinta-feira, 18 de março de 2010

Flores de papel




A vida tem horas contadas

Momentos de alegria

Agridoce a sua fantasia.

A vida é assim…

Comparada a flores de papel

Pétala a pétala

Folha a folha

São desejos para a pele,

Os meus sonhos numa tela

Em tons… carmim

Pintados por ti numa aguarela

Em ti… para mim

O vento sopra …

São flores de papel

As folhas caem…

Respiramos assim!

Momentos inacabados

Presentes ausentes… futuros adiados!


                                                                  Helena Isabel

terça-feira, 16 de março de 2010

Doce tentação


Hum …saboroso,

Tentação dos céus…

Divinal repasto,

Prazer envenenado…que me enlouquece

Sobremesa conventual na qual me lambuzo

Chama ausente que se sente

Hum….ardente

Lambo…saboreio…degluto

Sublime poção que se derrete na boca

Ondulant…

Crocante …

Flambant…

Hum …aprazível





Será que gostas?


sábado, 13 de março de 2010

Anna Vissi - Agapa me

quinta-feira, 11 de março de 2010

Se eu pudesse...


Ah… se eu pudesse voar

Cruzaria os teus céus

Para poder acenar-te e um beijo mandar-te.

Ah… se eu pudesse nadar

Atravessaria os teus mares

Para nas tuas areias descansar.

Se eu pudesse ser estrela

Seria guia de todas as noites em frente à tua janela

De noite ou de dia.

Se eu pudesse ser gota

Seria gota de suor… que escorre de alegria

Seria gota transpirada, gotejante de prazer

Nascida do teu corpo, transportada para o meu!

Momentos em que o papel principal se deu.

Ambos sabemos coração.

Se eu pudesse sê-lo, seria o teu.


                                              Helena Isabel

quinta-feira, 4 de março de 2010

Sombras de saudade


Réstias do teu sentir, em mim

Nossos corpos a flamejar

Juntos nas transparências dos desejos, enfim.

Envolta num manto idílico, abracei a tua nudez

Crispações que se eternizaram em momentos de embriaguez!

Foram sombras de voz

Desejos imobilizados cantados num só tom.

Foram frestas de escrita

Rios a desaguarem na foz.

Interiores do meu ser, exteriores de ti

Vontades ressequidas por te querer

Sombras poéticas, notas de luz.

Lágrimas esquecidas por não te ver

Caminho uno que me conduz

São sombras… de saudade.

Saudade esta que me reduz!


                                             Helena Isabel

terça-feira, 2 de março de 2010