quinta-feira, 4 de março de 2010

Sombras de saudade


Réstias do teu sentir, em mim

Nossos corpos a flamejar

Juntos nas transparências dos desejos, enfim.

Envolta num manto idílico, abracei a tua nudez

Crispações que se eternizaram em momentos de embriaguez!

Foram sombras de voz

Desejos imobilizados cantados num só tom.

Foram frestas de escrita

Rios a desaguarem na foz.

Interiores do meu ser, exteriores de ti

Vontades ressequidas por te querer

Sombras poéticas, notas de luz.

Lágrimas esquecidas por não te ver

Caminho uno que me conduz

São sombras… de saudade.

Saudade esta que me reduz!


                                             Helena Isabel