sábado, 21 de janeiro de 2012

Presente que ao futuro pertence


Tatuei no meu coração, o sofrimento
Pelo qual estás a passar, neste momento.
Dizes para agradar que está tudo bem
Que para a frente é o caminho.
Mas mentes… oh como mentes!
E pensas que eu não vejo, que não noto.
Diz-me agora! Não negues…
Como estás?
Como te sentes?
Apeteceu-te desistir muitas vezes, eu sei.
Essa parede, quantos murros levou?
Perdeste a conta, eu noto as marcas.
“Não mereço”, quantas vezes disseste?
Mas… amiga, ninguém o merece.
Oiço o gritar do teu coração
Sufocado, colocado num escafandro
Ansioso por libertar todo veneno da raiva,
Todo o ácido da revolta…
Mas tu?
Continuas a sorrir e para não preocupar
Dizes: “ Está tudo bem.”
Grita, chora, levita o coração,
A tua essência, não a tornes em erosão.
E quando menos se esperar…
Estaremos sentadas à beira mar
A rir e a lacrimejar deste presente
Que ao futuro pertence.


HelenaIsabel

janeiro 2012

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Tenho saudades de ser estudante



Tenho saudades de ser estudante
Das noites perdidas
Dos nervos dos exames
Da irreverencia da idade
Do riso inocente
Da cumplicidade.
Da ausência de passado
 Do futuro delineado
Tenho saudades das horas esquecidas,
Dos livros pesquisados
Das viagens à volta do mundo, sentada!
Dos castelos de cartas, montados nas nuvens
Do sol de inverno à beira mar
De um país perfeito ao meu olhar.
Tenho saudades de sonhar
De brincar ao luar
De dormir com o sol do meio dia.
Tenho saudades de ser estudante
Nem que seja por um instante!


Helena Isabel

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Como é possível?

( foto retirada da net)

Como é possível o rio não confluir com o mar?
Como é andar à deriva?
Como construir uma barragem?
Desânimos presentes,
Dores permanentes
Sequestros de emoções, de sentimentos!
Se o sol aparece diariamente.
Como é possível estar de noite?
Como é o rio desaguar sem foz?
Como mostrar o horizonte?
Alegrias conquistadas
Tensões testadas,
Palavras ditas, sempre amadas!
Se a lua é mãe abençoada.
Como é possível o rio não precisar do mar?
Como é não haver sal?
Como temperar as águas?
Se é o tempero destas que nos fazem sonhar!



Helena Isabel

domingo, 1 de janeiro de 2012

Excerto do jornal