quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Momentos como este


São momentos como este

Que me lembro de ti,

Da tua espuma...

Do teu ondular

Do teu murmurar

Do sorriso que te faço

Ao te cumprimentar.

São momentos como este

Que tenho saudades tuas,

Que me apetece mergulhar

A minha essência, tuas águas

Dar cor aos meus sonhos

Responderes aos meus pedidos

Ai! Mar

São momentos como este

Que me fazem chorar.
 
Helena Isabel

 

domingo, 9 de dezembro de 2012

Mar em que escrevo


 
Gosto de ti
Não por seres belo
Mas porque me acalmas,
Porque sou constituída da tua matéria
Porque somos inseparáveis, filhos da mesma essência,
Devolves-me a energia gasta ao longo do dia.
Fruto da preocupação, do desempenho diário,
Fruto da tentativa vã de alegrar-me.
Gosto de ti
Não por seres azul, minha cor preferida.
Mas porque me libertas,
Porque me dás coragem.
Porque me deixas viajar quando estou à tua beira,
Quando estou sentada na tua areia.
Gosto de ti
Porque és o mar em que escrevo.
 
Helena Isabel

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Tesouros

Foto retirada da NET
 
 
Pequenos tesouros vindos do nada
São anjos mensageiros
São pérolas do bem
Esperanças e recordações
Impressas na memória
Esculpidas em água marinha
São tesouros do coração
Vindo do além.
Helena Isabel

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Preces


Olhar de sossego…

Conta-me histórias,

Enriquece-me de sabedoria.

Comunico e murmuro preces,

Só eu e o meu silêncio.

A minha sombra,

Retrato do meu caracter.

Insanidade de querer a paz,

Fruto da minha solidão.

Silêncio? sinónimo do pão,

Que alimenta o meu coração.

São preces, amor!

São preces de destinos mal traçados.

São preces mal ouvidas, mal proferidas.

Quero permanecer na minha concha,

Esquecer que tudo existe.

Viver no meu mundo de ilusão

Esticar a mão ao espelho

Que me conduz neste tempo, em vão!
 
Helena Isabel

domingo, 18 de novembro de 2012

Bretagne


Hoje recordo de coração cerceado

Os tempos que lá vão

Com sabor de passado.

Naquela região…

Em que se fala bretão

Eu estudei e aprendi

Celsitude que vivi.

Fiquei amarrada àquela cultura

Faço daqueles tempos ternura

Em que modelo a candura

Que outrora lá senti.

De coração sepultado,

Trago ancorado em meu regaço

Todo esse passado que abraço.

Fui amante dos dias de estudante.

Fui viajante numa cultura incessante.

Das memórias que lá coabitei

Componho melodias

Que me ajudam a superar os dias.

De olhos inundados em tons de verdade

Escrevo em telas…Breizh da Viken

Risco em telas… realidades

Pincelo em telas…paisagens de saudade.



Helena Isabel in: " Mar que me escreve"


domingo, 28 de outubro de 2012

Este outono


 
Este outono trouxe-me nostalgia,
Saudades do tempo...
Canções que foram presente e hoje são passadas.
Recordá-las faz-me reviver, sorrir
 Relembrar momentos!
 Não sou saudosista, apenas recordo
 Caminhos que poderia ter trilhado
 Caminhos de água que poderia ter mergulhado
 Plantei o meu futuro
 Encontro-me no presente!
 Bem comigo própria
 Satisfeita com a plantação de amor
 Que a minha essência me ensinou a plantar.
 Por isso, hoje recordo, outros trilhos
 Outros sonhos que costumava ter!
 
 
Helena Isabel
 
 
 


quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Tempo


Tento esquecer-me

De que o tempo passa docemente

Fecho os olhos e deixo o meu tempo vaguear.

Entre a candura da idade,

Não apaga a meninice.

 Um tempo crente de que o tempo chegará.

O meu tempo, diferente de outros tempos.

Quão ternurento se apresenta pela manhã do presente

Tão paciente chegou pelo entardecer do passado.

E ao anoitecer, o meu tempo sonha

Sonha pelo doce momento

 Em que ao adormecer entrarei num outro tempo.
 
 
Helena Isabel

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Outono

Foto retirada da net
 
 
 
 
Ando por andar
Não tenho objetivos a conquistar!
Sinto-me folha outonal,
Preparada para cair no chão
Em tons vermelhos e laranjas
Cor do tempo aquecido, do sol que se deitou.
Sigo o caminho
Porque não conheço outro.
Sinto o vento abanar-me
Que me leve…
Que me leve, lentamente
Para saborear a despedida
Do tempo quente!

 
Helena Isabel
 


domingo, 19 de agosto de 2012

Um olhar





Foto retirada da Net



Um olhar

Um fixar de íris

Um dilatar de pupilas,

Saudades das mãos

Do toque

Do sabor da natureza

Da brisa da voz

Do voo da melodia meiga.

Das palavras proferidas,

Das telas que se desenham

Ao compasso da espera

Dos dias quentes.

Do calcorrear dos pássaros

Quando o turbilhão advém.

Um olhar sobre a criação

Um olhar sobre ti.

Helena Isabel

sábado, 9 de junho de 2012

Gotas de orvalho

(foto retirada da net)


Livra-te do sufoco, sim
Livra-te do peso dos dias.
Ganha asas e voa
Sê condor,
Sê ave… atravessa céus.
Revolta-te, manifesta ousadias.
Liberta-te do fardo
Do amargo.
Sorri para a vida!
Nada por mares desconhecidos
Parte à aventura
Procura por entre o orvalho
As gotas da felicidade!

Helena Isabel

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Espelhos

foto retirada da net




Lembro-me de deixar passar o tempo
De ouvir o sussurro do silêncio
Brando e cálido
Reflexões intempestivas
Passagens?
Piruetas da vida,
Trajectos não delineados
Tentações?
Lembro-me de observar o ciclo da vida
De ver a sombra da incerteza
Tons pastel, doce opala
Expectativas?
O murmúrio da natureza
O lamentar da certeza
O criar em telas de arte
Transparência?
Recordo com veemência
Os sonhos de outra vida
De outras passagens
Triste ausência…
Espelhos.


Helena Isabel

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Só assim sei que és…

(foto retirada da net)



No silêncio da noite
Espreito-te
Momento incandescente.
És a força do meu respirar
A doçura do meu olhar.
É por ti…
É por ti que escrevo
Que luto
É por ti que renasço, dia após dia.
Abraço-te a infância
Como se fosse minha.
Alimento-me do teu sorriso
Bebo da tua juventude
Alvorada da vida.
Amor incondicional
No meu coração
Luz de aurora boreal
Meu alento
Só assim sei que és
Vento do destino
Tesouro do meu ventre.


Helena Isabel

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Quando o sol brilhava

cara.jpg



E quando apetece chorar?
E quando do coração saem lágrimas?
Chegam aos olhos, áridas.
Chegam e não saem
Estagnam involuntariamente
Teimam em arder
Teimam em doer
Corroem durante o trajeto
Coração/olhos
E nesse momento…
Num rasgo de consciência
Sentimos que a vida rema contra nós.
A tristeza, nesse compasso de espera,
Apodera-se…
De um corpo… de um pensamento
Focaliza-se na imagem
De quando o sol brilhava!






Helena Isabel

domingo, 25 de março de 2012

Existe uma caneta



Existe uma caneta que escreve
As saudades que sinto
É a caneta com que redijo
Quando o sol me falta
Nela, revejo o brilho do olhar
O odor do mar
Sinto o doce do toque,
 A cada palavra escrita
Sua tinta,
 Emoção diluída
Traduz sonetos de sentimentos
Ao recordar.


Helena Isabel
março 2012

terça-feira, 20 de março de 2012

A esperança é vida… a vida existe!


Lembro-me de contemplar o sol
De nele raiarem bonitos tons quentes.
Frescos e resplandecentes,
Iguais aos do estio quando se insinua à primavera.
Um olhar ternurento, profundo
Talvez quisesse mergulhar nas ondas do mar…
Um leito suave e calmo,
Um regaço ansioso por regozijar.
Olhares e abraços que só o sol e as ondas trocam,
Que só o sol e as ondas sabem conceber.
O mar plácido observa-o,
Alimenta-se da candura das emoções
De sentir o sol afagar as suas ondulações
Vive de esperança…
A esperança é vida… a vida existe!


Helena Isabel

março de 2012

sábado, 17 de março de 2012

Preciso do mar como do ar para respirar...

Fevereiro 2012 - Pedrogão





Fevereiro 2012 - Pedrogão

sábado, 3 de março de 2012

Existe uma criança

( foto retirada da net)



Existe uma criança, em mim
 Que gosta de sonhar
Que gosta de divagar.
Estou quieta… sossegada,
Porém com vontade de brincar.
Cá dentro, no meu interior,
A brincadeira anda à solta.
São almofadas no ar
Nuvens com figuras de palhaços
Observo o pólen das flores
Pinto paisagens de todas as cores.
Saltito à chuva,
Corro para apanhar borboletas
E quando um arco íris pincela o céu,
Invento o pote do tesouro.
A diversão é só para mim,
Só eu sei o que se passa.
Brinco, rio… nado nos lagos intemporais
Mas cá fora… silêncio,
 Ninguém sabe de nada.
Pois há ainda, uma criança com alegria
 Que gosta de brincar, de sonhar
E que o faz em cada dia.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Um olhar


Um olhar
Um fixar de íris
Um dilatar de pupilas,
Saudades das mãos
Do toque
Do sabor da natureza
Da brisa da voz
Do voo da melodia meiga.
Das palavras proferidas,
Das telas que se desenham
Ao compasso da espera
Dos dias quentes.
Do calcorrear dos pássaros
Quando o turbilhão advém.
Um olhar sobre a criação
Um olhar sobre ti.


Helena Isabel

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Convite


terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Antologia de poesia contemporânea entre o Sono e o Sonho III



Participo nesta antologia com o poema " Basta-me"

Hoje basta-me um pouco de mar
Um pouco do céu,
Um pouco de ti a olhar,
Olhar-me sem véu.
Basta-me um pouco de nada
Sem dimensões, sem prudências
Conteúdo das nossas ausências.
Hoje basta-me um pouco do sossego
Basta-me ler o teu silêncio
Escrito em metáforas.
Imagens refletidas na natureza.
Paisagens de beleza.
Hoje basta-me um pouco de ti
Refletido no céu!



Helena Isabel

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Eterno

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Le meteque

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Palabras

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Agapa me




Agapa me em teus braços
Envolve-me em teu manto idílico
Compõe-me na tua realidade
Deixa-me ser perene
Canta aos deuses a tua vontade.
Agapa me em teu leito
Enrola-me na tua pele
Esboça-me em…
Gota de perfume que adivinhas
Capa do teu livro de memórias
Roupa que vestes sem demoras.
Agapa me em ti
Abarca-me em tua vida
Acredita que quero sim…
Ser teu chá de jasmim.
Bebe-me numa manta de carmim
Num lugar onde o prazer não tem fim.



Nota: Agapa me – expressão grega que significa “ ama-me”


In: Ler-te de Helena Isabel

sábado, 21 de janeiro de 2012

Presente que ao futuro pertence


Tatuei no meu coração, o sofrimento
Pelo qual estás a passar, neste momento.
Dizes para agradar que está tudo bem
Que para a frente é o caminho.
Mas mentes… oh como mentes!
E pensas que eu não vejo, que não noto.
Diz-me agora! Não negues…
Como estás?
Como te sentes?
Apeteceu-te desistir muitas vezes, eu sei.
Essa parede, quantos murros levou?
Perdeste a conta, eu noto as marcas.
“Não mereço”, quantas vezes disseste?
Mas… amiga, ninguém o merece.
Oiço o gritar do teu coração
Sufocado, colocado num escafandro
Ansioso por libertar todo veneno da raiva,
Todo o ácido da revolta…
Mas tu?
Continuas a sorrir e para não preocupar
Dizes: “ Está tudo bem.”
Grita, chora, levita o coração,
A tua essência, não a tornes em erosão.
E quando menos se esperar…
Estaremos sentadas à beira mar
A rir e a lacrimejar deste presente
Que ao futuro pertence.


HelenaIsabel

janeiro 2012