domingo, 28 de fevereiro de 2010

Sou poema


Sentir-te aqui

Ao pé de mim

Inebriante textura de prazer

Massa corporal que me eleva

Ao mais alto ser,

À mais alta luz,

À menor força gravítica.

És volume exorbitante de loucura

Sentir-te aqui… ao pé de mim

Estás no meu ser

Respiro-te,

Transpiro-te,

E…

Irritas-me!

Meu túnel de paixão

Em ti sou poema
 
 
In: " Ler-te" de Helena Isabel

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Ramo meu


Não te esqueci

Ainda não fiz o luto por ti

Não solucei a tua perda!

Mais um ramo que em mim secou.

Da lava da paixão que passeava em mim

O meu corpo em pó se transformou.

Costumo recordar os momentos, alegrias vividas

Memórias gravadas que perdurarão em conversas bebidas

Uma estrela que não vi partir,

Que não vi sorrir.

Um ramo meu

Que já secou!


                       Helena Isabel

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Ilha da Madeira

Madeirenses e habitantes da ilha,

Não deixem que a dor vos assombre
Ide à luta
Não desistam

Aqui vos deixo uma palavra de esperança, de força... de carinho!

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Beijos sem fim


Se soubesses as saudades que provocas em mim.

Mesmo que intemporais

Em escassos rituais

Fazes-me falta!

Saborosa a sensação de me sentir nos teus braços,

Momentos em que perdi a consciência

Nada do que me rodeava, tinha importância

Somente o anseio de permanecer no teu colo.

És vida, existência.

Mesmo nas brincadeiras ou conversas transversais

Nas interlocuções sérias ou informais

Constantes são as vezes sob as horas do dia, que penso em ti.

Fazes-me falta!

(penso em ti… amigo que estás longe

Mas a força d’ afeição… ultrapassa a saudade)

A chama da tua gargalhada, na lareira da amizade

Ah! Como me Fazes falta.

Beijos sem fim foram dados

Irreflectidos ou pensados num ensejo,

Em que o desejo era o princípio de um outro beijo.


                                                                   Helena Isabel

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Sou II




Sou o barulho das ondas a bater no coração

Vivo no mar, na maresia ao acordar

No nevoeiro em dias de solidão

Sou espuma branca que beija a areia, sonhar

Navego com a maré

Ondulo no mar

Danço com as ondas

Sou corrente marítima que brinca com fé

De mãos dadas com corais, mergulho nos temporais

Sou oceano profundis

Lágrimas de quem não volta mais

Esquecidos, sepultados

No salgado mar pernoitam vendavais

Sou a melodia do mar a chorar

Quero beijar o céu

À estrela brilhante chegar

Lá, cantar e embalar, pernoitar.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Terra de sonhos

Não identifico a estrada pela qual conduzo

Desconheço trajectos outrora delineados

Deixei de ver… o horizonte por mim pintado

O céu que sonhei…já não tem a mesma cor

O mar que olho…já não canta a mesma melodia.

As casas não estão dispostas nos mesmos lugares

Deixei de conhecer as minhas telas

As estações do ano enfraqueceram

São marca de tinta de uns quadros banais

As cores perderam o brilho…secaram

Não há óleo que as devolva à tela

Não há pincel que as transporte.

Deixei de distinguir as cores que decoram paisagens.

Aprendi a conhecer outros caminhos

Um pouco sinuosos…talvez em forma de labirinto

Mas gosto de lá conduzir…de traçar novos itinerários.

Dei outra cor…ao céu que vejo lá ao fundo do oceano

O mar…a mim… canta-me novos ritmos

As casas estão arquitectadas aos montinhos

Como se de uma cidade de sonhos se tratasse.

As estações do ano mostram paletas de belas cores

Aos pintores que por lá passam.

É lá que estás…é lá que vives…

Na terra dos sonhos descubro-te …

No mar de novos ritmos flutuo em tua direcção.

À noite… abraçada a ti…em frente das vidraças

Assistimos à história de embalar da mãe lua.

É junto a ti… que anseio alimentar meus sonhos.

É aí que quero pintar meu futuro

É aí que quero dar cor às minhas telas.
 
 
In: " Ler-te" de Helena Isabel

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Atrevida


Chamas-me atrevida… sim…sou

Para ti…sim, quero ser

Somos telepatia em almas unidas

Em corpos separados

Que muito se querem fundir

Para o calor do prazer sentir.

Hum… imagina…

O toque do meu corpo no teu

O teu no meu… delícia agreste.

Pedes que me manifeste

Declaro guerra ao prazer

Ao ver teu rosto em momentos como este.

Chamas-me atrevida

Como é bom sentir-te ávido de desejo.

Para no meu corpo afogares esse ensejo.

A noite é minha e tua

A madrugada despe-se para nós, apresenta-se nua!


                           Helena Isabel