terça-feira, 31 de maio de 2011

Quem?

Quem foi?

Quem foi que me arrancou as lágrimas?

Quem me secou?

Quem se esqueceu de secar o coração?

Detenho o mar revolto, a transbordar

E não inunda.

Ondas desmedidas que batem na muralha

E recuam.

Tonturas e enclaves de barcos sob a tempestade

Sumidos no mar bravio

Gritos de alma que não saem

Que não se abeiram da terra

Vendaval nocturno uivante

Ira descomedida que engrandece

E não desaparece.

Quem foi?

Quem se esqueceu?

Quem não me secou o coração?

Onde pairam os sentimentos?

Senão no meio de um tufão!


Helena Isabel

terça-feira, 10 de maio de 2011

E nasce um poema…



E o poema nasce no meio do silêncio
Escreve-se sozinho enquanto te evades.
Almejas o corpo à pureza das palavras,
Dás motes aos devaneios
Escrevem-se sozinhos.
Entrelaçados sob os seus meios
Ganham alma e esplendor.
Sonhas realidades sentado no verde da natureza,
Soam as palavras no mutismo do prado.
Escreves sobre papel,
Transformação da natureza!
Escreves azul... sonhas
Poesias e prosas,
Narrativas e diálogos…
Em paz descansas.
No sossego das palavras,
Dás largas à seiva do sonho.
Deixas fluir o que de essência há em ti!
E assim nasce um poema,
Um sonho sobre o azul do mar,
Sobre as águas do rio.
São quimeras navegadas
No dia em que o céu te sorriu.



Helena Isabel

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Tela violeta

(imagem retirada da net)


Acolher-me no teu regaço

Chorar no teu manto

Musicar a toada do meu ânimo

Quando te vê…te sente

Mar aninhado num leito de um rio colorido

Vagas de arco-íris

Teus braços

Tua boca

Sentido desnorteado

Rosa-dos-ventos

Bússola encontrada

Gula a minha

Teu corpo

Teu odor

Tua imagem gravada

No meu caderno de latim

Tela pintada em tons carmim

Cetim… índole

Numa tela violeta… de tonalidade agreste

Sentimentos… em tons celeste


Helena Isabel