terça-feira, 31 de maio de 2011

Quem?

Quem foi?

Quem foi que me arrancou as lágrimas?

Quem me secou?

Quem se esqueceu de secar o coração?

Detenho o mar revolto, a transbordar

E não inunda.

Ondas desmedidas que batem na muralha

E recuam.

Tonturas e enclaves de barcos sob a tempestade

Sumidos no mar bravio

Gritos de alma que não saem

Que não se abeiram da terra

Vendaval nocturno uivante

Ira descomedida que engrandece

E não desaparece.

Quem foi?

Quem se esqueceu?

Quem não me secou o coração?

Onde pairam os sentimentos?

Senão no meio de um tufão!


Helena Isabel