segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Grande Natal




A todos um grande Natal,

Grande no coração de cada um.

Enorme em sentimentos,

Em gestos, colossal.

A todos um simples Natal.

Simples nas palavras

Rico nos olhares

Abastado nas atitudes.

A todos um memorável Natal

Memorável em reunião

Que seja tempo de sonhos

De reflexão

Que estes permaneçam impressos

Na reminiscência da união.

 
HelenaIsabel
 



quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Pássaro ferido


( Foto retirada da net)
 
 
Pássaro ferido
 Incongruência do tempo, atingido
Pelas passagens injustas
Escutas.
Fruto do destino erróneo, desmoronado.
Sabor de um vento moderno
Recheio de um momento terno
Vence batalhas, mas não a guerra.
Luta contra tudo
Luta contra todos
Sapiência, a do fim
Que quando acabar de remar
Restará a terra
E não o mar.
 
HelenaIsabel

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Passado educado


O tempo que passa

O tempo que não questiona,

 Mas que demanda.

Tantos sonhos que desmoronaram

Outros que surgiram.

O rigor de vencer

Distinto da adolescência.

O futuro aos pés de um passado criança.

Conflitos por vencer, que ninguém os derruba

Uma vida para ser vivida, sonhada.

Lágrimas que ficam quando a oportunidade cessa.

Sorrisos de memórias, das ilusões concretizadas.

São os anos… fados adultos,

Crescidos de labor, de rotinas.

Destinos absolutos na vã certeza

De que o passado outrora criança

Silenciou-se, cresceu. Tornou-se educado.
 
 
Helena Isabel

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

A esperança é vida… a vida existe


Lembro-me de contemplar o sol

De nele raiarem bonitos tons quentes.

Frescos e resplandecentes,

Iguais aos do estio quando se insinua à primavera.

Um olhar ternurento, profundo

Talvez quisesse mergulhar nas ondas do mar…

Um leito suave e calmo,

Um regaço ansioso por regozijar.

Olhares e abraços que só o sol e as ondas trocam,

Que só o sol e as ondas sabem conceber.

O mar plácido observa-o,

Alimenta-se da candura das emoções

De sentir o sol afagar as suas ondulações

Vive de esperança…

A esperança é vida… a vida existe!
 
 
Helena Isabel

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Setúbal


( foto minha) 

Às vezes sinto…

 Tantas saudades da minha Terra

Que me chegam as lágrimas

E eu, com vergonha recolho-as.

Não deixo que se notem,

Não deixo que escrevam no olhar

Saudades

Nem que me pincelem de olheiras

A vontade que tenho em chorar.

O grito que teimo em abafar

Setúbal, minha cidade à beira mar.
 
 
Helena Isabel

domingo, 29 de setembro de 2013

Tempo


 

Tento esquecer-me

De que o tempo passa docemente

Fecho os olhos e deixo o meu tempo vaguear

Entre a candura da idade,

Não apaga a meninice.

 Um tempo crente de que o tempo chegará.

O meu tempo, diferente de outros tempos,

Quão ternurento se apresenta pela manhã do presente

Tão paciente chegou pelo entardecer do passado.

E ao anoitecer, o meu tempo sonha

Sonha pelo doce momento

 Em que ao adormecer entrarei num outro tempo.
 
 
Helena Isabel

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Significado do mar

 
 
 
 
Conheço o significado do mar
O que ele pinta e desenha
Pinta o amor
Desenha o sabor do sonho.
Nas suas vagas, deixa o odor salgado
O êxtase de chegar à areia e beijá-la.
A sugestão de um futuro adiado
De um passado alterado.
Significa um presente a sonhos pincelado.
 
Helena Isabel

terça-feira, 18 de junho de 2013

Não, agora que...

( foto retirada da net)
 
 

Não, agora que encontrei
A metáfora da felicidade
O significado do mar, a saborear a areia.
Não, não desisto de chegar ao céu
De lá, observar o sol,
De no horizonte o ver brilhar.
Agora que sei, o quão precioso
É um riacho no bosque.

 Uma vaga no oceano.
O quão importante é um barco à pesca.
Um sonho à deriva.
Não, não agora que patenteei
Que ser cientista
É amar sem quantidade
É gostar sem qualificar
Não, agora que compreendi
Que o mundo está no nosso olhar.
 
 
Helena Isabel
 
 

sábado, 8 de junho de 2013

Marionetas



( foto retirada da net)
 
 
 
 

Marionetas de um mundo real

Paisagens conhecidas, nunca pisadas.

Vidas vividas que não se escolhe.

Caminhos e intenções, traços de sonhos!

Destinos cruzados?

Reencontros empacotados,

Papel de embrulho secular.

Respostas às perguntas sem vida.

Caminhantes de via láctea

Dimensões viajadas

Marionetas de vontade própria.
 
 
Helena Isabel

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Preces

( Foto retirada da net)
 
 
Olhar de sossego…
Conta-me histórias,
Enriquece-me de sabedoria.
Comunico e murmuro preces,
Só eu e o meu silêncio.
A minha sombra,
Retrato do meu caracter.
Insanidade de querer a paz,
Fruto da minha solidão.
Silêncio? Sinónimo de pão,
Alimenta o meu coração.
São preces, amor!
São preces de destinos mal traçados.
São preces mal ouvidas, mal proferidas.
Quero permanecer na minha concha,
Esquecer que tudo existe.
Viver no meu mundo de ilusão
Esticar a mão ao espelho
Que me conduz neste tempo, em vão!
 
Helena Isabel

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Gosto de ti



 
Cada dia que passa …
Mais difícil é, suportar toda esta distância
Querer-te…saber que me queres e ouvir silêncio
Aperto no coração, lágrimas que saem de emoção.
Tanto que te dou…mesmo sem saberes
São sentimentos que brotam aos cachos
Dentro de mim sou jardim botânico
Por fora…sou aquilo que vês.
Respiro o teu odor…fragrância da minha memória.
Palavras que salivam para te dizer
Aperto os lábios e não as deixo sair.
Mas longe dos teus olhos escrevo: Gosto de ti
Preenches as noites em que não durmo.
Adoças a rotina dos dias.
Melodia doce, recheada de carinhos
Vontades plenas de traçarmos um caminho
Sentimento especial…
Definir? Não sei
Quantificá-lo? Talvez
Transborda pelo coração…por vezes foge pelos olhos.
Ganha força de campeão… por vezes perde a razão.
É assim que eu vejo o dono do meu coração.
Não há máscara da idade que me atormente
O que faz de mim demente…é estar longe
Ter que beber em fonte de água morrente
 
 
 
In: " Ler-te" de Helena Isabel


sábado, 27 de abril de 2013

Defronte ao mar

(Foto de Helena Isabel)
 
 
 

Preciso urgentemente de viver

Defronte ao mar

De sentir nas janelas o vento bater.

De ouvir, ao acordar, o seu marulhar.

E ao adormecer, sonhar…sonhar!

Sonhos inacabados

Peças de puzzles ausentes

Diários escritos, inocentes.

Preciso de a porta abrir

E ver sorrir o sol ... a brilhar.

 
Helena Isabel

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Vestidos de açúcar

( foto retirada da net)
 
 
 
Descansei contigo nos meus sonhos
Como é doce em ti pensar
Vestidos de açúcar a degustar.
Ama-me, mas ama-me arduamente
Como se não houvesse amanhã
Até o tempo findar.
Sendo páginas do livro,
Que lês sem respirar.
Beija-me, mas beija-me perdidamente
Como se não houvesse carvão
Para o retrato terminar.
Conceber na salvação
O meloso contemplar.
Olha-me, mas olha-me delicadamente
Como se não houvesse mar
Reflexo ardente
Nos olhos a espelhar.
 
 
 
Helena Isabel

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Dias assim...


Há dias assim

Em que tudo pesa,

Tudo molesta.

Carrega-se no dorso a responsabilidade

Disfarça-se o mau estar, dores, invisibilidade.

Há dias em que no ninho apetece estar

De lá não sair, nem para respirar!

Lamber as feridas do passado,

O presente teima em não apagá-las.

O futuro? Esse, não sei.

Contudo, se do presente for irmão

O passado lá estará, moderno de futuro adiado.

Há dias assim… solitários, taciturnos

Dotados de pouca bravura.

Outros haverá em que os sonhos brotarão

Audácia incessante

Imaginação

Criatividade pulsante.

Haverá dias em que acreditar,

Será idealizar, sorrir e esperar.

Mas hoje não!
 
 
Helena Isabel

quinta-feira, 14 de março de 2013

Quando o sol beija o mar


 

Deita-se nas suas águas tranquilas

Que docemente o recebem.

Enamoram-se um do outro…

O sol reflete o seu vermelho

O mar mostra-lhe o seu desejo.

Abraçados aclamam a plenitude

Conquistam o horizonte

Num ensejo que só a lua os faz acordar.
 
Helena Isabel
 

sexta-feira, 1 de março de 2013

Breizh da Viken

 
 
( Foto retirada da net)
 
 
Breizh Da Viken
Chamo-me assim na alma
No desejo e nos recantos dos meus segredos.
Breizh Da Viken
Uma fada assim me baptizou
Malfadou-me pelo coração.
Breizh Da Viken
Conhecerás as pessoas nas épocas erradas...
Poderás somente... viver momentos
Que alimentarão a seiva que percorre teu corpo.
Luto! Desejo!
Acho que é errado. Não pode ser.
Um momento?
Breizh Da Viken
Aprenderás a suplicar por momentos,
Por desejos que jamais... ou não… se realizarão.
Ontem… um feiticeiro
Diz ser da Ribeira, visitou-me...
Chegou no profundo azul do mar dos seus olhos
Muito me quiseram contar.
Disse-me:
Afoga-te, nada e mergulha.
Luta!
 
 
 
In: " Ler-te" de Helena Isabel
 
 

 
Nota: Breizh da Viken – Expressão bretã que significa “ Bretã para toda a vida”.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Mar que me escreve em Setúbal

E assim aconteceu, entre amigos e familiares...

Helena Isabel


terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Tortura


Preciso de estar ligada ao mundo

Preciso de ti, perto de mim

Da tua natureza, a observar-me

Dos teus olhos, a regarem-me.

Preciso de ouvir a tua voz

Do teu mar a lamuriar

Das tuas mãos, doce toque

Dos teus lábios, segredar.

Preciso de te sentir

De me conetar à vida

Da gargalhada, da alegria

Preciso de ti,

Minha tortura do dia a dia.
 
Helena Isabel

domingo, 6 de janeiro de 2013

Ler-te


 
 
Esperando magia
Nesta tarde fria
Quero-te antes de escurecer
Queda-se a vontade de esperar.
Em ti quero pernoitar
Amar-te nos meus braços
No teu regaço suspirar
Na tua cama quero acordar.
Oiço o murmúrio da tua voz
Como sol ao madrugar.
Teu corpo desejo prouver
Nos teus encantos adormecer.
Esquecer a realidade…
Todas aquelas palavras que nós dizemos
Que sorrimos…
Sei tudo aquilo que te poderia explicar,
Sem medos e fobias.
Mas não te quero perder
E muito fica por dizer.
Quero amar-te na penumbra da noite
Quero suspirar-te, gemer-te
Ao alvorecer.
Nos primeiros raios da manhã
Eu quero ler-te.
 
 
In: " Ler-te" de Helena Isabel



quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Ano de 2013

 
Foto tirada por Helena Isabel
 
Vieira de Leiria