quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Medo

Medo de sonhar

Medo do meu inconsciente

Se tornar consciente, presente.

Receio de proferir emoções, de as libertar!

Terramoto linguístico, epicentro no coração

Réplicas de receio… temporais ausentes.

Tempo… recordações inexistentes

Construo castelos nas nuvens.

Atravesso filmes banais, passagens!

Fomos assim, amores intemporais

Catástrofes de amizade, hormonais.

Escrevemos, sonhámos, receámos

Medo da saudade bater no epicentro

Querer ver-te…não estares lá

E eu… acordar deste sonho apetecível

Medo de confundir a realidade

De esquecer que és efemeridade,

Estado irreversível!